sábado, 6 de fevereiro de 2010

Piloto que se recusou a bombardear os territórios ocupados é condecorado pela Força Aérea israelense

O Brigadeiro General da Força Aérea israelense (IAF), Iftach Spector, recebeu na última terça-feira (dia 2 de fevereiro) a insígnia “asas de ouro”, que comemora o 50º aniversário de formatura no curso de piloto de caça. Seria uma notícia casual não fosse um pequeno detalhe: em 2003, no ponto alto da segunda Intifada (levante palestino), Spector e outros 26 pilotos assinaram uma carta em que se recusavam a participar de operações realizadas nos territórios ocupados (à época, Gaza e Cisjordânia). A informação está no site do jornal israelense Haaretz.

Spector, na época da carta, era comandante das bases aéreas Ramat David e Tel Nof e era considerado um dos melhores pilotos de caça da história de Israel. No seu currículo consta 12 abatimentos de aviões inimigos e participação no ataque ao reator nuclear do Iraque, em 1981.

A declaração assinada pelos 27 pilotos afirmava que as operações nos territórios palestinos eram “ilegais e imorais” e, por isso, não participariam. Spector era o oficial de maior patente a assinar a carta e foi o único que continuou na força área, enquanto os outros foram expulsos da corporação.

Segundo o porta voz da IAF, a condecoração de 50 anos de formatura faz parte da tradição da Força Aérea e que o Brigadeiro General Iftach Spector foi homenageado assim como seus colegas que se formaram na mesma época.

A cerimônia aconteceu duas semanas após um soldado da brigada Kfir (unidade de infantaria) ser dispensado após dizer que não evacuaria assentamentos ilegais na Cisjordânia.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Brit Tzedek v’Shalom se une ao J Street

Em primeiro de janeiro de 2010, a Brit Tzedek v’Shalom, grupo de judeus pacifistas dos EUA que militam pelo bem-estar de Israel e pelo fim do conflito com os árabes, se juntou com o J Street, outro movimento pacifista judaico norte-americano que acredita na resolução diplomática do conflito entre israelenses e palestinos e na questão de dois estados para dois povos como a única forma de Israel viver em paz.

Segundo comunicado publicado no site do J Street, o objetivo da união é fortalecer o movimento pró-Israel e pró-paz nos EUA e pressionar a liderança norte-americana a buscar a solução do conflito através da idéia de dois estados. O site também afirma que todo o pessoal do Brit Tzedek foi integrado a equipe do J Street.

Para saber mais sobre o J Street e a Brit Tzedek, ai vão alguns links:

http://www.jstreet.org/page/j-street-and-brit-tzedek-vshalom-have-integrated

http://en.wikipedia.org/wiki/J_Street

http://en.wikipedia.org/wiki/Brit_Tzedek_v'Shalom

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Netanyahu pode autorizar troca de presos palestinos por Shalit, informa Jerusalém Post

O primeiro-ministro de Israel, Biniamin Netanyahu, está inclinado a entregar prisioneiros palestinos em troca do soldado Guilad Shalit. A informação é do canal de TV israelense Channel 1 e consta no site do Jerusalém Post.

Em reunião extraordinária do gabinete, ocorrida nesta segunda-feira, o primeiro-ministro avaliou um plano que envolve entregar ao Hamas mil palestinos que se encontram presos em Israel em troca de Shalit. Segundo a reportagem, o gabinete ficou dividido entre os ministros que apóiam o acordo - caso de Ehud Barak (Ministro da Defesa), Eli Yishai (Ministro do Interior) e Dan Meridor (Ministro dos Serviços de Inteligência) - e os que não o veem com bons olhos - Avigdor Liberman (Ministro de Relações Exteriores), Moshe Yaalon (Ministro de Assuntos Estratégicos) e Bennie Begin (sem pasta).

Os ministros favoráveis afirmam que, se Israel não fechar acordo, será mais difícil conseguir a libertação no futuro, já que as exigências do Hamas serão ainda maiores. Os opositores alegam que terroristas que possuem “sangue nas mãos” (expressão que define pessoas que praticaram ou planejaram assassinatos contra israelenses) serão libertados com a aprovação do acordo.

A reportagem traz um depoimento de um palestino, não identificado, que está envolvido nas negociações. Segundo ele, a proposta já foi aceita pelo Hamas e que Israel tem até quarta-feira para aceitar. Caso contrário, não haverá mais negociações.

A Fox News reportou na segunda-feira que Hagai Hadas, enviado especial de Israel ao Egito para tratar da libertação de Shalit, poderá pedir demissão caso o governo israelense recuse o acordo. O gabinete de Netanyahu negou a informação.

Guilad Shalit foi capturado no dia 25 de junho de 2006 em emboscada preparada por militantes do Hamas na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza. Desde então ele é prisioneiro do grupo. Ele tinha 19 anos quando foi sequestrado.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ministro da educação de Israel pede que grupo feminista não seja chamado para debate sobre direitos civis

O grupo feminista israelense Profile Chadash (Perfil Novo, em hebraico) condenou as instruções que o ministro da educação de Israel, Gideon Saar, passou aos colégios do país pedindo que não convidem integrantes do movimento para participarem das discussões promovidas pela Associação dos Direitos Civis de Israel (ACRI, sigla em inglês).

O grupo afirmou que a orientação dada pelo ministro reflete a posição que o governo atual possui em relação aos direitos civis e a liberdade de expressão. “A atitude do ministro [de pedir que integrantes do movimento Profile Chadash sejam excluídos dos debates promovidos pela ACRI] foi tomada junto com a decisão de enviar militares às escolas para aumentar o entusiasmo das crianças pelo combate”, afirma a carta enviada pelo movimento ao ministro e publicada no site eletronicintifada.net.

O Profile Chadash é um grupo de cunho feminista israelense que luta contra a militarização da sociedade israelense. Segundo eles o estado de guerra em que vive Israel é mantido pelos políticos e não por forças externas. Entre as ações defendidas pelo grupo está o incentivo a deserção da Tsava (exército israelense). Em setembro de 2008 a procuradoria geral de Israel iniciou uma investigação criminal sobre o grupo.

Para mais informações sobre o grupo, clique aqui.

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NOTA: Peço desculpas pelo enorme hiato entre este post e o anterior. Devido a assuntos particulares não pude me dedicar ao blog. Espero resolver as questões e voltar a publicar com mais frequencia.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

14 anos sem Itzhak Rabin

No dia 4 de novembro 1995, durante um comício pró-paz realizado em Tel Aviv, foi assassinado Itzhak Rabin, então primeiro-ministro de Israel. Ele morreu aos 73 anos.


Rabin possuia um vasto currículo de serviços prestados à Israel. Já foi Chefe do Estado Maior, Embaixador nos EUA, Ministro do Trabalho do governo de Golda Meir e Ministro da Defesa.

Ele já foi primeiro-ministro por duas vezes. A primeira foi nos anos de 1974 à 1977, e o segundo foi entre 1992 e 1995. O segundo mandato marcou a imagem de Rabin como defensor da paz.

Em 1993 ele assina os Acordos de Oslo, em conjunto com o então líder da OLP, Yasser Arafat. O plano foi mediado pelos governos noruegueses e norte-americano. Os Acordos previam o fim das hostilidades entre israelenses e palestinos, a negociação sobre o futuro dos territórios ocupados e o status de Jerusalém. Já em 1994 ele assina o acordo de paz com Jordânia. Também neste ano ele recebe o Prêmio Nobel da Paz.


O Conflito no Oriente presta sua homenagem a este grande líder, que esteve tão perto, em parceria com outros líderes regionais, de pacificar a região.


Para mais informações sobre Rabin, clique aqui. A página está em inglês.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Veteranos das guerras do Iraque e Afeganistão pela Al-Qaeda estão se infiltrando em Gaza

Os grupos de inteligência israelenses afirmam que diversos militantes da rede terrorista Al-Qaeda vêm se infiltrando na Faixa de Gaza. A notícia é do jornal World Tribune.

Segundo fontes israelenses, por volta de 100 terroristas do grupo de Osama Bin Laden entraram em Gaza através dos túneis que ligam o território ao Egito. O alto fluxo de militantes foi detectado ao longo deste ano.

“São pessoas que lutaram no Iraque e no Afeganistão. Elas representam a primeira ajuda da Al-Qaeda à Gaza”, explica a fonte militar consultada, que não é identificada na matéria.

Além de combaterem Israel, estes militantes têm como objetivo desestabilizar o governo do Hamas. A Al-Qaeda é majoritariamente sunita e se opõem ao Irã, cuja população é, em grande parte, xiita, e apóia o Hamas.

Em agosto deste ano o Hamas invadiu uma mesquita em Rafah pertencente ao grupo Jund Ansar Alá, ligado à Al-Qaeda. Vinte pessoas morreram, incluindo o líder do grupo opositor.

Para ler a notícia na integra, clique aqui.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Colono judeu admite assassinatos e atentados a bomba

Yaakov “Jack” Teitel, 37, foi preso mês passado (dia 7 de outubro) acusado por uma série de crimes. O assassinato de dois palestinos; por enviar um pacote bomba à uma família de judeus messiânicos, deixando uma criança seriamente ferida; pela tentativa de assassinato de Zeev Sternhell, professor esquerdista e um dos líderes do movimento Paz Agora; e pela sua possível participação em ataques contra a polícia israelense durante as Paradas Gays recentes.

A história só foi revelada agora pelo Haaretz, pois havia uma ordem judicial que impedia a publicação das investigações.

Morador do posto avançado de Shvut Rachel, na Cisjordânia, Teitel admitiu a maioria das acusações. Ele também afirmou ser o responsável pelo ataque contra uma boate gay em Tel Aviv, no dia 1º de agosto, que deixou duas pessoas mortas. Mas o Shin Beit (serviço secreto) e a polícia, responsáveis pelas investigações, afirmam que não há provas suficientes de sua relação com este crime.

Durante os interrogatórios Yaakov afirmou que agiu de acordo com sua própria vontade e que ninguém colaborou ou incentivou seus atos. Os investigadores encontraram em sua casa armas e material para fabricação de explosivos.

Teitel foi preso no bairro ultra-ortodoxo de Har Nof, em Jerusalém, enquanto colava cartazes que louvavam o ataque ocorrido na boate gay de Tel Aviv. Em Shvut Rachel a polícia encontrou cartazes que ofereciam um milhão de shekels para quem assassinasse um membro do Paz Agora.

De origem americana, Yaakov imigrou para Israel em 2000 para, segundo ele, se vingar dos ataques terroristas perpetuados pelos palestinos.

Para ler o perfil completo de Yaakov Teitel, clique aqui. A matéria está em inglês.