segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Diretor do Paz Agora é barrado no Knesset por causa de um vídeo estilo Borat

Notícia do jornal israelense Haaretz

O Knesset – parlamento de Israel – decidiu barrar a entrada do diretor do movimento Paz Agora, Yariv Oppenheimer, depois que alguns ativistas do grupo tentaram realizar entrevistas com parlamentares, de partidos de direita, ao estilo do filme “Borat”.

Borat é um personagem criado pelo comediante inglês Sacha Baron Cohen. Trata-se de um repórter do Cazaquistão que, com atitudes “ingênuas” (em muitos casos, preconceituosas), consegue arrancar de seus entrevistados declarações polêmicas.

No domingo, três integrantes do Paz Agora, que se passavam por alunos, foram presos quando pediam para entrevistar o parlamentar direitista Michael Bem-Ari. Eles foram soltos logo em seguida, mas foram indiciados por “tentativa de enganar um parlamentar”.

O Paz Agora condenou a atitude do Knesset e promete entrar na Justiça a fim de reverter a decisão.

domingo, 18 de outubro de 2009

Ensino do Holocausto em Gaza

A agência da ONU para refugiados palestinos (Unrwa) incluirá o Holocausto no currículo de direitos humanos das escolas do Ensino Médio de Gaza. A notícia é do site Jweekly.com.

Segundo John Ging, diretor de operações da Unrwa, “nenhum currículo que fala sobre direitos humanos é completo sem falar sobre o Holocausto”.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, condenou o ensino do Holocausto pela agência.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mia Farrow em Gaza

Segundo a agência de notícias AFP a atriz norte-americana Mia Farrow visitou, nesta quarta-feira, o principal hospital da Faixa de Gaza, em missão organizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), do qual ela é embaixadora.

Depois de visitar o hospital Al Chifra, a atriz se encontrou com alunos e professores da escola palestina Beit Lahya. Está programado também que ela se reúna com representantes de organizações de defesa dos direitos humanos.

Mia Farrow, 64 anos, é embaixadora da Unicef há muitos anos e já esteve em missões no Sudão e no Chade.

Ela possui um blog onde registra suas impressões das viagens, além de opinar sobre a política externa americana. O site também arquiva fotos e documentos. Clique aqui para acessá-lo. Ele está em inglês.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Grupo israelense lança propaganda em favor da paz

Este vídeo foi produzido pela organização Mifkad Haleomi – em tradução livre, reunião nacional, em hebraico. Ele mostra um soldado de Israel e um jovem palestino. Em principio parece que haverá um confronto. No entanto acontece o contrário.

O Mifkad Haleomi é um grupo que luta pelo fim do conflito entre Israel e Palestina. Ele possui uma carta de principios assinada por Ami Ayalon – político israelense, antigo membro do Avodá e ex-chefe do Shin Beit, serviço secreto – e por Suri Nusseibeh – palestino, professor de Filosofia, presidente da Universidade de Al-Quds, em Jerusalém. A carta possui os seguintes pontos:

  • Dois Estados para dois povos: a Palestina será o Estado dos Palestinos, enquanto Israel é o Estado do povo judeu;
  • As fronteiras de ambos os Estados serão baseadas naquelas de 1967, assim como propõem a iniciativa de paz organizada pelos países árabes. Cisjordânia e Faixa de Gaza serão interligadas através de rodovias. Nenhum colono israelense ficará no Estado palestino;
  • Jerusalém será a capital de ambos Estados. A liberdade de culto e pleno acesso aos lugares sagrados será garantida. Os bairros árabes estarão sob soberania palestina, enquanto os judaicos estarão sob influencia israelense. Nenhum dos Estados exercerá a soberania nos lugares santos. Os mulçumanos cuidarão da Mesquita de Al-Aqsa, assim como os outros locais sagrados. Já os judeus cuidarão do Muro das Lamentações e dos outros locais sagrados. Os cristãos serão responsáveis por cuidarem de seus locais sagrados. Não poderá haver nenhuma escavação arqueológica sem o consentimento de todas as partes;
  • Direito de retorno: reconhecendo o sofrimento dos refugiados palestinos, Israel, Palestina e a comunidade internacional criarão um fundo para indenizar os refugiados. Palestinos não terão direito de retornar para Israel, apenas à Palestina. Judeus só poderão retornar para Israel. A comunidade internacional ajudará os refugiados que desejarem permanecer nos países em que estão, ou as pessoas que desejam imigrar para outro local;
  • Desmilitarização: o Estado palestino será desmilitarizado. A comunidade internacional será responsável pela sua segurança;
  • Fim do conflito: a aplicação destes princípios implicará no fim das lutas e das reivindicações.
A iniciativa possui alguns pontos questionáveis, como a questão de Jerusalém. Será realmente possível este modelo proposto para os locais sagrados? Que órgão cuidará destes espaços? Além disso, a desmilitarização da Palestina é algo já refutado há muito tempo pelos próprios palestinos.

Mas, apesar destes detalhes, trata-se de uma iniciativa e ela deve ser valorizada. É necessário colocar um fim neste conflito. Todos sabem o que precisa ser feito. Está na hora de sair do marasmo e começar a agir, assim como fez o Mifkad Haleomi.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

“O Hamas deseja se abrir para o mundo”, afrima Khaled Meshaal

Em entrevista a Ken Livingston, político britânico do Partido Trabalhista e antigo prefeito de Londres, para a revista britânica New Statesman, o líder exilado do Hamas, Kahled Meshaal, fala sobre as posições do Hamas em relação à causa palestina, os EUA, a União Européia, religião, o bloqueio à Gaza, os judeus e o futuro.

Segundo Livingston, a motivação que o levou a conversar com Meshaal foi a convicção de que o conflito não pode ser resolvido sem que ambos os lados sentem-se para dialogar. Ele cita os exemplos da Irlanda do Norte e da África do Sul. Livingston conversou com Meshaal pois acredita que a mídia possui uma visão muito distorcida em relação ao Hamas.

Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui. A matéria está em inglês.